Fazer o planejamento orçamentário é fundamental ao terceiro setor, para que os projetos se mantenham dentro do que foi apresentado aos doadores ou aos órgãos contratantes bem como ao longo do ano. Um planejamento financeiro é extremamente importante na saúde financeira para manter a estabilidade e fluidez orçamentária, principalmente a este setor que representa todas as iniciativas privadas de utilidade pública com origem na sociedade civil. Isto porque com um planejamento e gestão orçamentária organizados e saudáveis, o gestor deste tipo de instituição tem uma maior possibilidade de gerir suas atividades de forma correta, direcionando melhor seus gastos. Claro que dados e cálculos em planilha ajudam, mas é necessário mais para ter uma gestão orçamentária assertiva.

A organização e até o acompanhamento de quem investe e financia as empresas e iniciativas privadas do terceiro setor são feitos com maior fluidez e compliance conforme o bom funcionamento e controle da gestão orçamentária, tornando-se fundamental para a manutenção dos projetos. Vale lembrar aqui que o primeiro passo é estruturar um orçamento compatível a uma organização sem fins lucrativos.

 

Orçamento Para Organizações Sem Fins Lucrativos

A linha de partida se dá ao entender que empresas de terceiro setor não obtém a mesma dimensão de lucro que empresas convencionais. O que elas possuem é o superávit quando geram receita ou o déficit quando os gastos se excedem. Tendo isto em mente, o orçamento deve ser um mecanismo para conquistar um crescimento gerencial para a organização direcionado aos investimentos e os próprios gastos calculados pelos gestores.

O papel das organizações de terceiro setor quanto a gestão é procurar aumentar sua gama de recursos para seus fundos, que sejam revertidos na reserva financeira para dar andamento às suas atividades. O orçamento deve determinar o planejamento e as etapas a seguir pelo período que for pré-determinado. Bem da verdade, esta metodologia é muito similar a realizada por empresas convencionais privadas. A diferença é que os recursos devem suprir os custos de modo a manter a saúde financeira e dar sequência às atividades da organização.

Um detalhe bem prático e assertivo para organizar a gestão orçamentária em organizações do terceiro setor é realizar uma divisão entre os projetos e a administração. Se houver colaboradores que forem remunerados, ainda mais necessária se torna esta medida. Com este comportamento de educação financeira, os valores relacionados a cada atividade, assim como os custos, são identificados de forma mais clara e fluida. Tenha o controle tanto de entradas como também das saídas do caixa, sempre separadamente e por qual fonte as mesmas vieram.

Quando o gestor responsável pela organização de terceiro setor organiza o orçamento de acordo com o projeto, este tem um controle muito maior e prepara um cenário mais organizado para prestar contas de aplicação do dinheiro, uma vez que se tornou possível identificar onde foi de fato aplicado. Vamos imaginar por exemplo um projeto no segmento de atividades físicas e esporte. Neste segmento, o gestor poderia organizar as doações da empresa X destinadas aos materiais de atletismo, já as doações da empresa Y foram destinadas à reforma de um ginásio e compra de tatames para aulas de judô e karate, as doações da empresa Z foram destinadas a compra de lanches para as crianças que frequentam as atividades, e assim por diante.

 

Como Fazer O Controle Orçamentário De Projetos No Terceiro Setor

Se você seguir as dicas que apresentamos anteriormente, fazer o controle orçamentário de projetos no terceiro setor já vai ficar muito mais fácil. Isso porque, ao montar o orçamento de forma detalhada, separando entradas e saídas por atividade, é possível enxergar de uma maneira clara e simples quanto cada uma delas vai precisar para ser desenvolvida e quanto você tem disponível para isso.

Ao seguir este pequeno passo a passo apresentado anteriormente, realizar uma gestão orçamentária se tornará muito mais tranquila para sua organização. Vale lembrar que nos momentos que houver o superávit, será possível melhorar as atividades ou mesmo preparar um reserva para momentos futuros. No caso de eventuais déficits, os gestores podem organizar alternativas para controlar os gastos e manter as atividades, remanejando ainda seus recursos.

Mas o controle orçamentário de projetos no terceiro setor não se resume a essa verificação inicial dos recursos disponíveis. Assim como nas empresas privadas, é preciso fazer um acompanhamento constante do que foi orçado e do que está sendo realizado. Isso porque em um mercado oscilante como o brasileiro, os preços podem variar bastante e acabar deixando furos nas finanças, o que não é nada bom para uma entidade de sem fins lucrativos, pois normalmente os recursos são restritos.

Por isso que, quanto mais organizado e detalhado o orçamento, mais fácil é tomar uma decisão sobre o que fazer. No caso do time de vôlei, se houver dinheiro em caixa, a participação na disputa pode ser confirmada. Caso contrário, pode-se ir até a empresa doadora e ver a possibilidade de um novo aporte, mediante uma prestação de contas até aquele momento e uma explicação sobre a importância da competição.

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